terça-feira, 10 de outubro de 2023
quarta-feira, 20 de setembro de 2023
Mercado sob risco
Principais problemas Segundo a Nota Técnica, os problemas encontrados podem ser categorizados como falhas regulatórias, pois derivam de regras exigidas pelos regulamentos técnicos que não permitem o alcance dos objetivos pretendidos com maior eficiência ou provocam efeitos indesejados. Os principais problemas encontrados foram fornecimento de lâmpadas LED reguladas com baixo desempenho, especialmente em eficiência energética e vida útil, e fornecimento de novos produtos de iluminação LED não abrangidos pelo escopo do regulamento atual. Importante ressaltar que os problemas com lâmpadas LED, infelizmente, não são novidade no mercado. Na verdade, eles têm sido identificados já há algum tempo. Em 2018 foi realizada a primeira divulgação do Plano de Verificação de Conformidade (PVC) para lâmpadas LED, em que foram coletadas amostras de 18 marcas diferentes. Para cada marca, um modelo do tipo bulbo variando de 7 W a 9,5 W foi adquirido no mercado nacional. Os resultados, após a análise dos requisitos técnicos, demonstraram que 83% das marcas avaliadas tiveram pelo menos uma não conformidade, representando 15 modelos não conformes.
No gráfico 1, são apresentados os percentuais de não conformidades por requisitos (R) avaliados.
Os maiores percentuais de não conformidade estão na marcação obrigatória da lâmpada (R1), marcação obrigatória na embalagem (R2) e no ensaio de vida da lâmpada (R10).
Gráfico 1 - Resultados do PVC de 2018 com lâmpadas LED de bulbo
É importante notar que a vida útil real de uma lâmpada LED pode ser influenciada por muitos fatores, incluindo a qualidade dos componentes da lâmpada, as condições de uso e as condições ambientais.
A "vida útil" de uma lâmpada LED é frequentemente definida como o ponto em que a luz que ela emite cai para 70% de seu brilho original, o que significa que uma lâmpada LED pode continuar a funcionar por muito tempo depois de atingir o final de sua vida útil declarada.
Atualmente é exigido pelo Inmetro que o produto apresente uma manutenção de fluxo luminoso em 70% (requisito L70), ou seja, uma vida útil mínima de 15 mil horas, se for lâmpada decorativa, e de 25 mil horas se for outra lâmpada LED. Porém, os ensaios desse requisito duram no mínimo 6 meses para ficarem prontos. Nesse tempo o fornecedor pode já ter fornecido seus produtos e até saído do mercado, por exemplo. Enquanto a vigilância de mercado depender apenas desse ensaio para identificar possíveis falhas na vida útil e não houver sanções que penalizem proporcionalmente os fornecedores, há enorme risco de inefetividade.
Relatos de partes interessadas sugerem que a causa de problemas de redução da vida útil nominal da lâmpada está na má qualidade de componentes da lâmpada e que não é detectável pelo ensaio de manutenção de fluxo luminoso. Outros ensaios atualmente não exigidos pelo Inmetro, como o teste de flicker, poderiam detectar essa falha. Uma consequência de produtos com vida útil nominal menor que a declarada é o impacto ambiental do aumento de lâmpadas LED nos aterros sanitários provocado pelo aumento do descarte desses produtos. Outra consequência é o prejuízo ao consumidor que deverá comprar um novo produto antes da vida útil declarada. Níveis de eficiência energética ultrapassados
Níveis de eficiência energética ultrapassados. Foram encontrados indícios sobre como são distribuídos os modelos registrados no Inmetro quanto à sua eficiência luminosa. Em uma amostra de 3.102 modelos de LED incluídos em registros ativos no Inmetro em dezembro de 2022, a eficiência luminosa (lm/W) declarada concentra-se entre 80 e 100 lm/W, como observa-se no Gráfico 4.
Fonte: Nota Técnica de Análise de Impacto Regulatório da revisão do regulamento de lâmpadas LED (Portaria Inmetro nº 69/2022) Essa distribuição mostra que esses três valores de eficiência energética são escolhidos pelos fornecedores como preferenciais no desempenho dos produtos que oferecem no mercado. Esses valores já estão acima do mínimo que o regulamento exige, conforme Figura 1.
Figura 1 - Tabelas de eficiência mínima de lâmpadas LED na Portaria nº69/2022. Relação de eficiência mínima
Fonte: https://revistapotencia.com.br/
segunda-feira, 18 de setembro de 2023
sexta-feira, 4 de novembro de 2022
AUTOR
Vivi e vivo anos a fio lidando com tecnologia. Técnico de Eletrônica desde 1972, no tempo em que a válvula termiônica dominava os equipamentos eletrônicos, passei por várias experiência em diversas empresas, onde aprendi e me conscientizei da importância da eletrônica e da eletricidade no nosso dia a dia. Hoje vemos essa evolução, desde os pequenos chips até os microprocessadores, quando equipamentos se tornam cada vez menores e mais confiáveis. Em 1985 já trabalhando na ThyssenKrupp em Barra do Piraí, resolvi me aprimorar mais e ingressei numa Universidade, Severino Sombra em Vassouras, onde cursei Engenharia Elétrica me formando alguns anos mais tarde. Em 1994 ainda pela ThyssenKrupp, trabalhei por tres meses na Alemanha transferindo equipamentos para a fábrica do Brasil. Tive uma empresa, a Padrão Instel, voltada para a prestação de serviços na área de automação industrial. Enfim, tive experiências em vários segmentos da eletrônica - área médica, naval, telefonia, informática, fundição, etc. Hoje, além de lecionar, presto serviços como autônomo executando projetos, manutenção e assessoria na área de eletroeletrônica.Tenho um laboratório eletrônico montado contendo todos os equipamentos necessários para uma manutenção, testes e projetos em geral.
Esse é um resumo da minha vida profissional, para maiores detalhes pormenorizados, veja meu currículo.
Engº Amauri Oliveira
terça-feira, 19 de julho de 2022
Controlador Lógico Programável
INTRODUÇÃO CONCEITUAL - HISTÓRICO
O Controlador Lógico Programável (CLP) nasceu praticamente dentro da indústria automobilística americana_ especificamente na Hydronic Division da General Motors, em 1968, devido a grande dificuldade de mudar a lógica de controle de painéis de comando a cada mudança na linha de montagem. Tais mudanaças implicavam em altos gastos de tempo e dinheiro.
Foi preparada uma especificação que refletia as necessidades de muitos usuários de circuitos à reles, não só da indústria automobilística, como de toda a indústria manufatureira.
Nascia assim, um equipamento bastante versátil e de fácil utilização, que vem se aprimorando constantemente, diversificando cada vez mais os setores industriais e suas aplicações.
Desde o seu aparecimento, até hoje, muita coisa evolui nos controladores lógicos, como a variedade de tipos de entradas e saídas, o aumento da velocidade de processamento, a inclusão de blocos complexos para tratamento das entradas e saídas e principalmente o modo de programação e a interface com o usuário.
DIVISÃO HISTÓRICA
1a Geração: Os CLPs de primeira geração se caracterizam pela programação intimamente ligada ao hardware do equipamento. A linguagem utilizada era o Assembly que variava de acordo com o processador utilizado no projeto do CLP, ou seja, para poder programar era necessário conhecer a eletrônica do projeto do CLP. Assim a tarefa de programação era desenvolvida por uma equipe técnica altamente qualificada, gravando-se o programa em memória EPROM (Erasable Programmable Read Only Memory, memória somente de leitura programável e apagável. O apagamento é efetuado mediante a exposição de raios ultravioletas.) sendo realizada normalmente no laboratório junto com a construção do CLP.
2a Geração: Aparecem as primeiras linguagens de programação não tão dependentes do hardware do equipamento, possíveis pela inclusão de um programa monitor no CLP, o qual converte (no jargão técnico, compila) as instruções do programa, verifica o estado das entradas, compara com as instruções do programa do usuário e altera os estados das saídas. Os terminais de programação (ou maletas, como eram conhecidas) eram na verdade programadores de memória EPROM. As memórias depois de programadas eram colocadas no CLP para que o programa do usuário fosse executado.
3a Geração: Os CLPs passam a ter uma entrada de programação onde um teclado ou programador portátil é conectado, podendo alterar, apagar e gravar o programa do usuário, além de realizar testes (debug) no equipamento e no programa. A estrutura física também sofre alterações' sendo a tendência para os sistemas modulares com bastidores ou racks.
4a Geração: Com a popularização e a diminuição dos preços dos micros — computadores, os CLPs passaram a incluir uma entrada para a comunicação serial. Com o auxílio do micro computadores a tarefa de programação passou a ser realizada nestes. As vantagens eram as utilizações de várias representações das linguagens, possibilidade de simulações e testes, treinamento e ajuda por parte do software de programação, possibilidade de armazenamento de vários programas no micro, etc.