*14/08/1777 †09/03/1851
Físico e químico dinamarquês.
É conhecido sobretudo por ter descoberto que as correntes elétricas podem criar campos magnéticos que são parte importante do Eletromagnetismo. As suas descobertas moldaram a filosofia pós-kantiana e os avanços na ciência durante o final do século XIX.1 Foi também o primeiro pensador moderno a descrever explicitamente e denominar a experiência mental.
Ørsted desenvolveu o seu interesse pela ciência enquanto jovem devido ao seu pai, Søren Christian Ørsted, que era dono de uma farmácia. Ele e o seu irmão, Anders Sandøe Ørsted, receberam a maior parte da sua educação inicial em casa como autodidatas, partindo para Copenhague em 1793 com o fim de realizar os exames de entrada na Universidade de Copenhague. Ambos os irmãos passaram e distinguiram-se academicamente na Universidade. Por volta de 1796, Ørsted recebeu honrarias pelos seus artigos sobre estética e física.
Em 1801, Hans recebeu uma bolsa de estudo para viajar e um subsídio estatal que o possibilitaram de passar três anos viajando pela Europa. Na Alemanha conheceu Johann Wilhelm Ritter, um físico que acreditava na existência de uma ligação entre eletricidade e magnetismo. A existência dessa ligação fez sentido para Ørsted, uma vez que acreditava na unidade da natureza, e, como tal, que haveria necessariamente uma ligação entre muitos fenômenos naturais.
As conversações entre ambos levaram Ørsted ao estudo da física. Tornou-se professor na Universidade de Copenhague em 1806 e continuou a sua pesquisa sobre a corrente elétrica e a acústica. Sob a sua orientação, a Universidade desenvolveu um programa de física e química ampliado e instituiu novos laboratórios.
ELETROMAGNETISMO
Enquanto se preparava para uma palestra na tarde de 21 de Abril de 1820, Ørsted desenvolveu uma experiência que forneceu evidências que o surpreenderam. Enquanto preparava os seus materiais, reparou que a agulha de uma bússola defletia do norte magnético quando a corrente elétrica da bateria que estava a usar era ligada e desligada. Esta deflexão convenceu-o que os campos magnéticos radiam a partir de todos os lados de um fio carregando uma corrente elétrica, tal como ocorre com a luz e o calor, e que isso confirmava uma relação direta entre eletricidade e magnetismo.
À época desta descoberta, Ørsted não sugeriu nenhuma explicação satisfatória para o fenômeno, nem tentou representar o fenômeno numa estrutura matemática. No entanto, três meses mais tarde deu início a investigações mais intensivas. Pouco depois publicou as suas descobertas, provando que a corrente elétrica produz um campo magnético à medida que flui através de um fio. A unidade CGS da indução magnética (Oersted) foi assim designada em honra dos seus contributos no campo do eletromagnetismo.
As suas descobertas resultaram numa pesquisa intensa em eletrodinâmica por parte da comunidade científica, influenciando o desenvolvimento de uma forma matemática única que representasse as forças magnéticas entre condutores portadores de corrente por parte do físico francês André-Marie Ampère. As descobertas de Ørsted representaram também um grande passo em direção a um conceito de energia unificado.
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