Materiais Elétricos

A Engenharia Elétrica, conforme se apresenta ao mundo nos dias atuais, espelha uma permanente sequência de desenvolvimentos e descobertas científicas na área de materiais e componentes, gerando a surpreendente evolução no campo dos métodos e processos produtivos e de automatização, com a consequente irreversibilidade da marcha do homem na busca do domínio do seu meio-ambiente. Presentemente, mesmo que um produto, um componente ou dispositivo não tenha recebido todo o retorno financeiro correspondente aos esforços planejados na área de marketing de uma empresa, já dentro da própria empresa desenvolve-se todo um trabalho efervescente de pesquisa com o objetivo de melhorá-lo, aperfeiçoá-lo e até mesmo substituí-lo. Todo esse esforço é a resposta à característica inata do homem no desafio à própria capacidade e que o leva a buscar incessantemente a aplicação aos materiais dos conceitos, teorias e modelos matemáticos desenvolvidos pela Física. A evolução da Física macroscópica e microscópica, aliada à capacidade e à habilidade do engenheiro-pesquisador, tem possibilitado aos centros de pesquisa a avaliação mais precisa das propriedades dos materiais, determinando-lhes as condições de variação com os parâmetros do meio e definindo-lhes  as condições de variação com os parâmetros do meio e definindo-lhes um contorno de aplicação em um espectro mais amplo. Um exemplo é a evolução da pesquisa das fibras ópticas: em 1870, John Tindall demonstrou que a luz acompanha um percurso curvo formado por um pequeno jato de água emergindo de um tanque; tal fato deixou de ser curiosidade em 1950, quando já se utilizava esse princípio físico na iluminação de escalas em instrumentos de medidas, exames médicos internos de pacientes etc., utilizando-se um tubo de vidro ou de plástico. Entretanto, constatou-se que as perdas de transmissão pelo tubo eram muito elevadas e que eram necessárias mais pesquisas em materiais em busca de menores atenuações. O interessa econômico na pesquisa logo se evidenciou com a possibilidade de sua aplicação na indústria de comunicação. Através da utilização de fibras ópticas de baixa atenuação poder-se-ia realizar transmissões a longas distâncias, sem interferências, em faixa larga, através de um cabo pequeno e barato, utilizando-se como portadora a luz. As pesquisas se encontram em notável progresso, já se tendo conseguido fibras com vidro de quartzo de alto pureza, o que vem permitindo diversas aplicações eletrônicas, tais como a transmissão de sinais de TV por cabos.  

Dessa forma, a pesquisa básica ou fundamental aliada à pesquisa do desenvolvimento é a mola mestra em que se apóia todo um desencadeamento científico-tecnológico que se pretenda seja eficaz e duradouro. A eletro-eletrônica, através de suas características particulares de velocidade, precisão e facilidade no manuseio de micro potências, vem-se constituindo em um terreno inesgotável para o desenvolvimento e a exploração dos fenômenos físicos dos materiais, determinando para os mesmos novas propriedades e novos usos. As características acima citadas vêm sendo responsáveis, a níveis de dispositivos e sistemas, pelos inúmeros melhoramentos introduzidos em antigos métodos e processos (mecânicos, hidráulicos, pneumáticos), bem como criando novas condições de aplicação em campos tão diversos como a Medicina, Agricultura, Cartografia, Geologia, Informática, etc.

O blog vai buscar, de uma forma básica, apresentar um estudo acadêmico em materiais elétricos que, embora não esgote o assunto, mantêm constante a preocupação de que a apropriada utilização e aplicação de um componente elétrico requer o conhecimento dos fenômenos físicos envolvidos no dispositivo.

Como corolário (consequência), é falaciosa (engano) toda tentativa de minimizar ou retirar do conteúdo curricular da Engenharia Elétrica, no nível profissionalizante, os princípios e teorias físicas associados e que norteiam a utilização dos seus diferentes dispositivos e sistemas. Inúmeras vezes tem-se confundido a conveniência ou não de se manter ativados determinados assuntos ou cadeiras no currículo da Engenharia Elétrica pelo simplório enfoque de um subaproveitamento pelo futuro engenheiro, quando, na realidade, não é o engenheiro o subaproveitante, e sim o sistema que se está subaproveitando da potencialidade existente no meio universitário.

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